terça-feira, 26 de julho de 2011

A Guerra dos Egos



A vida é transformada por sermos capazes de reconhecer que a resposta dos nossos egos nem sempre são as mais coerentes. Se vivêssemos em um mundo onde o ego de cada indivíduo ditasse as regras literalmente viveríamos o caos completo. Só há algo bom em nossa sociedade, pois os egos particulares foram supridos pelo ego comunitário. O eu comum sobrepõe o eu particular. A utopia do anarquismo demonstra o sentimento interior do ser humano de se alto governar e governar o outro pelos seus próprios preceitos, justificando suas mazelas simplesmente para não contrapor ao desejo incontrolável de sua consciência egocêntrica. Como a cozinheira que não se importa com o paladar de seus convidados, contanto que no final todos digam: que ótimo jantar. Mesmo que essa afirmação seja uma mentira. Falando nisso a mentira não é sua inimiga, ela somente é usada para não confrontar ou para não ser confrontado. É capaz de viver a sua vida baseada em mentiras, tendo inclusive amigos que a personificam, para simplesmente responder aos seus anseios obscuros.

Tudo o que de ruim acontece, ou quase tudo, encontramos a batalha dos egos. As guerras são motivadas por desejos particulares, e assim, o senso comum é ignorado para que um prevaleça sobre todos. Para que uma raça, partido, religião prevaleça sobre a minoria, ou até mesmo sobre a maioria, artimanhas diabólicas são usadas sem o temor de ferir ou denegrir o outro.

Como pastores e líderes, devemos entender que Deus não nos chamou para satisfazer os apelos de nosso ego. O nosso reino não é um reino particular, egoísta, maquiavélico ou pessoal, mas é o reino de Deus. A igreja não é minha, nem sua meu irmão, é de Deus. Os que manipulam a massa para simplesmente satisfazer seus desejos monetários ou emocionais serão apresentados diante de Deus como aqueles que fizeram da fé dos outros mercado de sobrevivência. Hoje pastoreio a igreja de Iguaba Grande, sou servo do Senhor desta igreja. Como é bom entender isso. Ela não é minha. É de Deus. Sei que enquanto for projeto de Deus estar nela continuarei colhendo frutos em abundancia, o dia que eu não estiver mais nela, sei que a obra irá continuar, pois afinal quem precisa de mim? Glória a Deus por isso! Sei que comigo ou “sem-migo”, como dizíamos em minha terra, Deus vai continuar agindo. Ilusão, amarga ilusão pensar que a igreja não sobreviverá sem você.

Tremendo é saber que é possível não anular, mas submeter o nosso ego diante do ego de Deus. Entender que é possível conviver com o diferente e saber que o diferente pode ser melhor que o seu parecer. A anarquia não é a solução, talvez nem a democracia, quem sabe a teocracia.

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