segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Fidelidade do Não.



Deus é fiel. Verdade incontestável, verdadeiramente Ele é fiel. Entender a fidelidade de Deus envolve muitas coisas. Primeiramente a fidelidade é a demonstração das concretizações de Suas Promessas, daquilo que Ele falou e prometeu. Segundo, Sua fidelidade não representa a total realização de nossos desígnios. Não é a demonstração da nossa determinação. Quantas vezes já ouvimos a seguinte frase: eu pedi e Deus é fiel para cumprir o meu clamor. Lógico que Deus ama cumprir os desejos de nosso coração, mas justamente por Ele ser fiel, muitas vezes o não cumprir o que pedimos demonstra a Sua real fidelidade diante daquilo que Ele determinou. Por exemplo, certa vez um colega me disse que ao abrir a caixinha de pedidos de oração de sua igreja ele encontrou o pedido de uma pessoa que clamava pelo marido da outra. Acredite. É altamente entendível que a fidelidade de Deus será demonstrada em não cumprir o desejo do coração daquela mulher. O que quero dizer é que muitas vezes a fidelidade de Deus é demonstrada através do seu não.

Entender a fidelidade Deus através do seu não é um grande desafio. A fidelidade é tratada como fidelidade para mim e não fidelidade para Ele, ou seja, fidelidade para com o que quero e não para o que Ele quer. E quando nossos planos e sonhos vão em caminhos opostos aos planos de Deus para nossa vida? E quando o que quero na verdade vai representar a quebra de uma Palavra que Deus já liberou? Ai está o desafio da maturidade cristã, justamente entender que o não de Deus representa o seu cuidado. Como um pai que diz para o seu filho parar de mascar chicletes pois vai apodrecer os seus dentes. No momento o filho esperneia, mas uma hora ou hora ele vai admitir que o prazer de tanto mascar chicletes não equivale ao prazer e a funcionalidade de ter dentes bonitos e saudáveis. Deus é fiel! Não ao que quero, mas ao que Ele quer.

Muitas pessoas se decepcionam quando percebem que a religião não é uma caixinha de mágica que simplesmente você abre e recebe o que tanto almeja. Decepcionam-se quando descobrem que a caixinha de promessas não representa a totalidade das escrituras. Decepcionam-se quando descobrem que Deus não vai passar por cima de Sua igreja, não vai passar por cima de Suas promessas e tão pouco em cima de pessoas simplesmente para cumprir as determinações individuais. Devemos entender que somos filhos e servos. Os filhos não sabem o que verdadeiramente precisam e os servos literalmente não podem ter o que não for designado pelo seu senhor. Ser cristão não é usar Deus é depender de Deus. É saber que Ele é fiel diante de tudo aquilo que disse e que não importa o que estivermos enfrentando Ele cumprirá a SUA PALAVRA. Cabe ao filho e ao servo pedir. Não posso determinar o que meu Pai ou meu Senhor me dará, mas posso clamar, e então, o Pai e Senhor, julgará se o seu filho e servo realmente necessita o bem pedido, ou melhor, não somente necessita, mas se tal clamor não envolve a quebra de uma promessa já declarada por Ele. Nosso papel é clamar o de Deus é julgar o nosso clamor.

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