Tive o prazer de participar do nosso encontro
nacional de pastores. Este foi precedido
de muita expectativa e graças a Deus, a meu ver, foram todas superadas. Recebemos palavras motivadoras e
confrontadoras sempre direcionadas a nossa realidade ministerial. Tivemos momentos de celebração, adoração
espontânea e profundos momentos de comunhão.
Da água para o vinho, ao compará-lo com o encontro antecessor que a meu
ver foi extremamente mais teológico do que pastoral. Agradeço ao colégio episcopal que trabalhou
de maneira excelente na realização deste encontro.
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
terça-feira, 3 de julho de 2012
Porque ainda não crescemos como sonhamos?
Muitas são as nossas
expectativas acerca do futuro de nossa igreja.
Devemos entender que o futuro será fruto da nossa capacidade de
analisarmos o passado e o presente e sermos capazes de viver uma grande guinada
que propiciará algo maior e mais frutífero.
Quando digo erros do passado sou o primeiro a me colocar em meio a esse
emaranhado de erros que atrasaram a construção de um discipulado real e não
meramente institucional. Quero listar
alguns erros que para mim são latentes:
1 – Não existe
discipulado sem paixão. Não vejo tão
forte essa imposição feita pela igreja, mas na verdade, muitos se sentiram
assim, ou seja, entra ou sai. Muitos não entenderam o discipulado até hoje,
percebo isso quando alguém pergunta: qual o primeiro passo para implantar o
discipulado? Discipulado não pode ser
distinguido da caminhada cristã, logo não existe caminhada cristã sem
discipulado, a pergunta deveria ser: como me torno um melhor discipulador?
2 – Discipulado não é
estratégia. Um dos grandes erros que
muitos cometeram foi encarar o discipulado como estratégia de crescimento. Discipulado não é estratégia é estilo de vida. Discipulado não é encontro com Deus ou reencontro,
discipulado não se resume a células.
Esses citados sim são estratégias, por sinal, a meu ver, boas
estratégias, mas não resumem o discipulado.
É possível discipular sem nenhuma dessas.
3 – Treinar ovelhas de
outros pastores se o mesmo não foi treinado.
Esse para mim foi um dos piores erros que cometemos, ou ainda estamos
cometendo. O líder deve ser treinado
pelo seu pastor. Não adianta um outro
pastor “treinar” minhas ovelhas se eu não estou treinado e apaixonado pela
visão do discipulado. Não são cursinhos
que formarão líderes e mestres, mas uma caminhada como discípulos. Se minha ovelha não caminha comigo e não é
discipulada por mim ou por um líder de minha comunidade ele nunca será
capacitado por meio de apostilas e simples leituras. O pastor deve se apaixonar e liderar o
processo do discipulado.
4 – Assumir a visão de
outros como uma visão de Deus para a igreja Metodista. A visão do discipulado foi dada por Jesus não
por algum mago, ou místico de nossa contemporaneidade. Erramos quando até mesmo as nomenclaturas dos
outros assumimos. Não são os nomes que
mudarão as nossas igrejas e farão dela uma igreja em pleno crescimento, mas é a
paixão por almas. Paixão em gastar tempo
com quem precisa do nosso tempo, é gerar, multiplicar, restaurar, e enfim,
amar.
5 – Muitos teóricos e
pouco ensino de quem já têm colhido frutos de um genuíno discipulado. Vim de uma conferencia tremenda em Fortaleza,
uma das coisas que mais me impactou foi a apresentação dos frutos. Um dos palestrantes disse: “antes de te ensinar quero te mostrar os meus
frutos”. Como ensinar a plantar se eu
nunca arei uma terra e tive o prazer de ver a semente crescer e então colher de
seu fruto? Me coloco em meio a tudo
isso. Como pastor auxiliar e hoje
titular, visualizei e vivencie diversas tentativas frustradas. Sonhávamos em 500 células em 5 anos e nunca
chegamos a 100. Hoje mesmo conto com 22
células e clamo ao senhor todos os dias para que estas sejam instrumentos de
consolidação e multiplicação. Hoje posso
dizer que estou apaixonado, mas por muito tempo não passei de um mero
simpatizante da estratégia dos grupos pequenos, até gostava, mas não havia em
mim uma chama tão forte como sinto hoje.
6 – Tentar gerar discípulos
sem ter um discipulador. Eis ai um
grande desafio. O que tem acontecido nos
dias de hoje é que muitos pastores metodistas estão procurando discipuladores
de outras denominações. Seria isso
possível? Não descarto a idéia, mas tal
princípio traz desafios muito maiores do que se tivéssemos discipuladores
dentro de nossa própria igreja. Quando
discipulamos influenciamos em todas as áreas, seja familiar, profissional, teológica
ou prática. Não consigo perceber em
nossa igreja o anseio dos pastores mais experientes em discipular os mais
novos. Os mais novos não deveriam ser
seus concorrentes, mas seus discípulos.
Está na mão de nossa geração mudar esse conceito.
Sei que há outros
erros, entretanto quero terminar esse texto destacando o nosso grande acerto:
buscar um genuíno discipulado. Sei que
erramos, mas se erramos é porque estamos tentando, e com toda certeza, Deus nos
guiará até o nosso alvo tão almejado que é gerar discípulos saudáveis e frutíferos
que testemunhem a graça de Cristo e vivenciem o seu amor.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Onde está o Discipulado?
Discipulado não tem nada de novo, pelo contrário, é
a prática mais ensinada por Jesus Cristo, não somente por palavras, mas pelo
seu estilo de vida. Talvez Jesus não “esquematizou”
o discipulado pois Ele sabia que o mesmo não funciona de maneira mecânica ou
até mesmo institucionalizada, ou seja, discipulado não pode ser ordenado mais
simplesmente vivido. Agradeço a Deus
acerca da ressurreição da discussão sobre o tema discipulado, entretanto me
preocupo, pois parece que pouco caminhamos. Vejo o esforço de nossa liderança
para implantar o que na verdade não pode ser implantado, mas simplesmente
vivido. Muitos confundiram discipulado
com estratégias, até que boas, mas que não passavam de estratégias de
crescimento. Discipulado não é
estratégia de crescimento, discipulado é simplesmente o estilo de vida daqueles
que verdadeiramente seguem a Jesus.
Seria possível possuir um genuíno relacionamento com Deus sem ser discípulo
ou gerar discípulos naturalmente? Seria
o discipulado sinônimo de grupos pequenos?
Pra mim longe disso. Discipulado
não é um conjunto de perguntas esquematizadas que um individuo faz ao outro, ou
até mesmo células. Deixo claro que as
células são benção, porem não são sinônimo de discipulado, para que me entendam,
minha igreja possui mais de 20 células, sei que é pouco diante da membresia da
mesma, mas expressa a minha crença nelas e meu esforço de fazê-las frutíferas.
Lembro-me da grande Onda das células, igrejas
planejaram possuir em 2012 mais de 500 células, hoje se possuem 10 é
muito. O que aconteceu? Será que nos deixamos iludir em uma utopia
humana? Ou será que novamente tentamos institucionalizar
o que é impossível formatar? Será
possível que um curso forme mestres? Ou
será possível apostilas formarem discípulos?
Creio que não. Não sou tolo em
dizer que tais cursos não são de valia estimada para a formação do Cristão, mas
dar a eles esse título é algo incompatível com sua real possibilidade. Conversando com um grande amigo esses dias
perguntei para ele: quem é o nosso referencial acerca do discipulado e do
crescimento de igrejas em nossa própria igreja?
Qual igreja possuiu um crescimento explosivo para que possamos com eles
aprender? Alguma igreja possui 500 células?
Não que isso seja sinal de sucesso, mas esse era o alvo que muitos disseram que
Deus tinha colocado em seus corações.
Lembramos de alguns nomes de outras regiões, mas no fim ficamos em
silêncio. O que estamos fazendo de
errado? Será que alguém tem frutos com
conhecimento para nos ofertar? Teoria
sem prática se torna somente teoria. Coloco-me
nesse mesmo barco, no barco de quem sonhou com coisas muito maiores e que ainda sonha, mas que
ainda está longe de tudo que esperava.
Não perco a esperança, mas não perco também a capacidade de auto
avaliar, ou criticar, como preferir, a nossa realidade atual. Falamos muito de células, mas na verdade
experimentamos muito pouco os frutos delas.
Falar sem experimentar: uma hora cairemos no descrédito. Para que isso não aconteça peço a Deus a
resposta que ainda não tenho. O que nos falta Senhor? Tentamos, mas até agora não chegamos a 3% do
que sonhamos.
Talvez a grande solução para nossas igrejas
envolva algo mais simples que imaginamos: santidade. Quem sabe:
honestidade. Ou: fidelidade.
Poderia citar outras atitudes que são essenciais para o real crescimento
de uma igreja, mas com essas três já seríamos muito mais fortes. Amo a igreja Metodista, e acho que ela
deveria ser mais amada por muitos, não usada, mas amada.
Graças a Deus não ignoro a importância da simples
caminhada Cristã. Caminhando com Cristo
e aprendendo com uma simples vida de oração, jejum e Palavra. Relacionamento esse que me ensina, sem
precisar recorrer a experiências de outros que muitas vezes não tem nada haver
com as minhas necessidades, relacionamento que me faz discípulo e que me leva a
discipuladores. Uma caminhada
NATURALmente cristã. Não quero de
maneira alguma anular o que já foi feito, mas ao meu ver é necessário
admitirmos que até agora não funcionou, ou simplesmente não gerou o fruto
esperado. Termino esse texto com uma
sensação de que é necessário mudar, que Deus abençoe e ilumine nossos líderes e assinale essa mudança que tanto precisamos.
segunda-feira, 5 de março de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Pastores Caçadores de Fantasmas.
Lembro-me de quando era criança. Quanto brincava com meus amigos e o único intuito era a diversão. Não precisávamos de muitos apetrechos, a
imaginação garantia a brincadeira.
Brincávamos de super-heróis, as vezes de polícia e ladrão e até de caça
fantasmas, esta última inspirada em um filme americano de sucesso naquela época. O tempo passou e não brinco mais de tais
brincadeiras, afinal, hoje minha imaginação já não é tão fértil, conheço melhor
a realidade, não tanto, entretanto o suficiente para discernir que o mundo não
é simplesmente dividido entre mocinhos e bandidos, ou entre fantasmas e
caçadores justiceiros. Isso faz parte do
processo de maturidade o qual todo ser humano deve passar, se não passar, será
taxado como louco, esquizofrênico, utópico ou poderá ganhar tantos outros
adjetivos. A maturidade não é uma
escolha ela é uma imposição, ou pelo menos é necessário fingir que a possuímos.
Quando
vejo o mundo evangélico atual, me deparo com um mundo que muitas vezes me
lembra o mundo que criávamos para brincar.
Um mundo onde eu sou o mocinho e os demais são os bandidos. Um mundo de
caça fantasmas, um mundo de aventuras espirituais, um mundo de batalhas
espirituais que mais parecem batalhas no mundo de Oz. Um mundo onde a coisa vale mais que a pessoa,
onde o ser aprisionado é meu troféu e meus requintes de crueldade demonstram minha
autoridade. No filme “caça fantasma” os
caçadores possuíam uma máquina que sugava os fantasmas para dentro dela e depois
eram colocados em uma máquina maior ainda, e assim não eram eliminados, mas
guardados no porão do quartel general.
Muitos líderes evangélicos gostariam dessa invenção em seus mundos de
faz de conta. Aprisionam os demônios, e
ainda os colocam no porão da sua casa simplesmente pelo prazer do domínio,
simplesmente para demonstrar sua autoridade.
Enquanto isso, as bruxas são perseguidas, entretanto se esquecem que até
as bruxas possuem o direito da justificação pelo sangue de Jesus. É melhor vê-las soltas e libertas do que
aprisionadas como troféus na estante de algum louco gadita ou não gadita,
ecumênico ou não ecumênico, pentecostal ou não pentecostal, tradicional ou não
tradicional, afinal encontramos loucos caçadores de fantasmas em todos os
lugares.
Como
é triste perceber que a síndrome de Lúcifer tem se proliferado em nosso meio,
infelizmente a única vacina é a integridade.
Caráter. A vaidade, o desejo
pelas posições, manipulações políticas e tantos outros sentimentos fazem de
nós, isso mesmo, de nós, pois somos vistos como farinha do mesmo saco, um povo
com pouca credibilidade aos olhos dos que precisam acreditar naquele que
acreditou em nós. Não dá para fechar os
olhos e fingir que isso não acontece do teu lado, nem se você tentar criar um
mundo de faz de contas, uma hora ou outra o Espírito Santo te trará de volta a
realidade, não para que você se desmotive ou desista, mas para que lute contra
o país das maravilhas evangélico e passe a lutar por pessoas reais por
princípios divinos por aquele que REALMENTE deu a vida por você e não veio para
esse mundo caçar fantasmas, mas sim pescar pessoas.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
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